Paulo Johann . Cref: 06306-G/RS
Com o avançar da idade diversas alterações fisiológicas ocorrem, como a neurodegeneração que leva um declínio da função cognitiva, diminuição na velocidade de processamento cerebral, redução da atenção, da memória w da função executiva.
Há também mudanças vasculares que impactam na hipoperfusão de sangue para o cérebro e disfunção cerebral, levando a doenças microvasculares e macrovasculares. Isso é algo sério, pois a hipoperfusão de sangue no cérebro está associada à aceleração do declínio cognitivo e maior risco de demência.
Junto a todas essas repercussões, ocorre ainda a depressão da função de citosinas benéficas anti-inflamatórias, como interleucina-4, interleucina-10 e interleucina-13, gerando um grande stress fisiológico no organismo.
Contudo, a musculação pode promover mudanças em todos esses aspectos metabólicos, cerebrovasculares, hormonais e imunológicos.
Um estudo publicado no mês de janeiro de 2020 por Macaulay et al. (2020) mostra que a musculação ativa mecanismos que levam a alterações cerebrais, vasculares e imunológicas que contribuem no aumento da função mental e processos cognitivos.
A musculação promove expansão da massa cinzenta ( formada pelo corpo celular e dendritos do neurônio) impactando na melhoria da função cognitiva. Sendo assim, a musculação pode ajudar na reversão de processos salientes da Doença de Alzheimer, como a atrofia de substância cinzenta.
Gera também alterações na microestrutura da substância branca (composta de axônios mielinizados), reduz a inibição intracortical e aumenta a excitabilidade cortico-espinhal.
Temos que ter o conhecimento técnico e prático da área do treinamento em que nos propomos a trabalhar, senão nossa abordagem será superficial e com análises toscas como: “a musculação serve apenas para quem quer melhorar a estética”.
Quando se tem um programa de treinamento criterioso, principalmente para prevenção e tratamento de doenças, o treinamento resistido tem papel principal.
Paulo Johann
Cref: 06306-G/RS