
Rejane Friedrich – Psicóloga do Nap – Psicóloga do NAP – CRP 07/27534 – contato@napvs.com.br
Saudade de acordar cedo para ir ao trabalho ou para a escola… e, claro, reclamar disso.
Saudade de poder ver as pessoas “ao vivo” e não apenas por meio de uma tela de
computador ou celular…
E por falar em celular… saudade de receber uma advertência por estar no celular durante
a aula, ou muito tempo on line jogando, tc com amigos… porém, com essa nova
realidade de isolamento social, é o que nos leva à possibilidade de vida, de relação, o
que faz nos sentirmos acompanhados, mesmo que sozinhos.
Saudade de poder comemorar datas especiais como o dia das mães, o dia dos pais, o
aniversário de alguém querido… saudade…
Saudade de esperar o “finde” para poder ficar em casa e assistir um filme comendo
pipoca, se jogar no sofá, tirar um cochilo, dormir tarde, acordar tarde, ficar de pijama o
domingo inteiro… Essa prática agora se tornou a regra e não a exceção.
Saudade de ter saudade daquilo que parece não voltar mais ou do que era de um jeito e
não é mais… mudou… não será mais igual como era.
E agora, como lidar com tudo isso? Como nos mantermos saudáveis física e
emocionalmente nessa nova perspectiva de vida? Como manter nossa integridade, nossa
privacidade diante do fato de que o nosso local de moradia, o nosso reduto pessoal
também é o nosso local de estudo, de trabalho, de lazer? Tudo ocorre no mesmo espaço.
Então… saudade de planejar…saudade de prospectar… saudade de sonhar.
Pois é isso que precisamos resgatar. Temos que manter nossos sonhos… temos que
manter a chama da vida, mesmo que para isso tenhamos que nos reinventar,
desconstruir e reconstruir… e sermos competentes para criarmos um novo jeito de viver,
sem perder a capacidade e a singeleza do sonhar.