Letícia da Silveira Possa – CRP 07/33300 – Psicóloga do Nap – contato@napvs.com.br
O estigma, palavra a qual já ouvimos mais vezes, é uma marca ligada a estereótipos e padrões desonrosos e de má reputação. O estigmatizado é considerado alguém indesejável segundo um padrão social, diferente dos demais, e este processo, marginaliza e inviabiliza o indivíduo. Existem dois subtipos: o estigma social que é aquele implicado pela sociedade, e o auto estigma ou estigma internalizado, que é aquele que foi internalizado pelo sujeito.
As falas ou atos estigmatizantes são internalizados, sendo assim, colocados como verdade para aquele que sofre o estigma social, desta forma o sujeito se vê e acredita ser daquela forma através de um processo de subjetivação. Pessoas com alto nível de estigma internalizado tendem a não buscar seus direitos, um exemplo é que não procuram auxílio profissional na área da saúde, tanto porque não se sentem merecedoras, além do medo de serem mais estigmatizadas pelos profissionais que iriam os atender.
Os atendimentos psicoterápicos não têm função de julgamento, mas sim de acolhimento, e são importantes vias de fala, ressignificação e mudança para o autoestigma. Também é necessário que como seres sociais possamos refletir sobre nossas ações e posições com relação a aqueles que consideramos diferentes ou fora de um padrão, o modo como marcamos uma pessoa pode passar de forma transgeracional para seus filhos e netos e afetar mais uma geração.