Gabriela Marques – Psicóloga do NAP – CRP 07/29381 – contato@napvs.com.br

Há quem deseje a aposentadoria e conte os dias e anos para que este momento aconteça. Entretanto, algumas pessoas acabam esquecendo de planejar como será após a aposentadoria, e como farão para lidar com o vazio que podem sentir quando não tiverem mais o compromisso de trabalhar cedo na segunda-feira.
Assim, aposentar-se gera mudanças importantes na vida do cidadão. É um momento de ressignificar prioridades, pensar sobre o que ainda deseja-se fazer e como aproveitar o tempo. Surge a possibilidade de fazer muitas coisas que não se tinha como anteriormente. Porém, estas mudanças podem impactar a saúde mental de forma negativa, em vista que é comum pessoas desenvolverem depressão após se afastarem do trabalho. Estudos apontam que a aposentadoria pode aumentar 40% as chances do desenvolvimento de depressão, e tanto os homens quanto as mulheres estão expostos ao risco deste adoecimento mental.
Um dos fatores que aumenta o risco de depressão na terceira idade é a falta de planejamento, tanto financeiro quanto psicológico. Ou seja, é importante que se pense com antecedência nas modificações que ocorrerão na vida após a aposentadoria, para evitar surpresas ruins e se manter preparado para estas mudanças.
Mas como identificar se o aposentado pode estar entrando em um quadro de depressão? Observar alterações de humor, tristeza, desanimo, falta ou excesso de sono, estresse, estes são alguns dos sintomas que podem indicar uma possível depressão. A notícia boa é que depressão tem tratamento! Quando percebe-se estes sintomas é fundamental buscar ajuda de um profissional da psicologia. Através da fala, o psicólogo pode auxiliar a pessoa a entender as mudanças do desenvolvimento da vida, o fechamento de ciclos para o início de novos. Além disso, o psicólogo poderá fortalecer esta pessoa para que ela consiga pensar novos objetivos e formas de aproveitar a vida e degustar a desejada aposentadoria.
De que forma é possível prevenir a depressão na terceira idade? Primeiro, não ter vergonha de envelhecer. Segundo, evitar se isolar, ter amigos e visitá-los. Sempre que puder fazer o que se gosta, ler, jogar cartas, viajar. Fazer exercícios físicos, beber água. Sorrir. Chorar quando precisar. Chamar os netos para tomar café. E por fim, aproveitar o merecido descanso após anos de dedicação e luta diária enquanto trabalhador.
Cuide-se. Cuide de sua saúde mental!