Josiane Pires – Psicóloga do NAP – CRP 07/30151 – contato@napvs.com.br

Atualmente, considerada por muitos a doença do século, a depressão é uma doença psiquiátrica que afeta o emocional da pessoa. Em todo o mundo, segundo a Organização Mundial da Saúde (OMS), estima-se que mais de 300 milhões de pessoas, de todas as idades, sofram com esse transtorno. Sendo as mulheres mais afetadas que os homens. Um episódio depressivo pode ser categorizado como leve, moderado ou grave, dependendo da intensidade dos sintomas. A depressão é resultado de uma complexa interação de fatores sociais, psicológicos e biológicos. Pessoas que passaram por eventos adversos durante a vida (desemprego, luto, trauma psicológico) são as mais propensas a desenvolver a doença. O desânimo sem fim é fruto de desequilíbrios na bioquímica cerebral, como a diminuição na oferta de neurotransmissores como a serotonina, ligada à sensação de bem-estar. Portanto, os sintomas mais freqüentes giram em torno de uma sensação de infelicidade crônica, alterações fisiológicas, baixas no sistema imunológico e o aumento de processos inflamatórios, como tristeza profunda, falta de apetite e de ânimo, pessimismo, baixa auto-estima, entre outros, que aparecem com frequência e podem combinar-se entre si. O tratamento da depressão é feito por profissionais da saúde, entre eles psicólogos e, psiquiatras nos casos mais severos. Sabe-se que a psicoterapia é uma das melhores formas que a depressão pode ser compreendida, elaborada e transformada. Porém, em casos mais severos é necessário também o suporte medicamentoso. Os antidepressivos podem ser eficazes nos casos de depressão considerados de intensidade moderada-grave, mas não é a primeira linha de tratamento para os casos mais brandos, principalmente quando se trata de depressão na infância ou, na adolescência. É preciso utilizá-los com cautela, oriundos de um diagnóstico eficaz. A depressão não tem uma cura, mas o tratamento previne novos episódios, baixando eles a uma intensidade e frequência quase inexistentes, ficando o sujeito sem crise por anos ou, até o fim da vida. Estudos mostram que o tratamento da depressão não tem um tempo específico para dar resultado, porém o quanto antes a pessoa procurar ajuda, antes ela será beneficiada. Uma boa alimentação, psicoterapia, atividades físicas regulares, hobbies são boas dicas de prevenção. Cuidar do corpo e ser gentil com seus sentimentos já é um começo.